Como disse
Dante:“ Na metade da vida, me achei numa selva densa, tomei o caminho errado.”(trecho
do filme “O amor é contagioso”
Hunter Adams estava meio perdido e ao voltar para casa, a
qual ele se referiu com “lar”, definiu este momento como estar no meio de uma
tempestade, talves fosse pelo fato de lhe trazer lembranças anteriormente
“guardadas” em sua memória as quais poderiam ser boas, como também ruins.
Quando criança, especificamente
aos 9 anos, perdeu seu pai na guerra e se culpava por sua morte. Talvez por
este motivo, agora na fase adulta, não conseguia se “encaixar” nos locais de
trabalho e trocava constantemente de moradia. Em um certo momento, após tentar
suicídio, procurou por conta própria, tratamento em um hospital psiquiátrico.
Ao tentar ajudar seu colega de quarto em um momento de crise, descobriu que
poderia mudar sua vida ajudando outras pessoas, importando-se menos com seus
problemas e focando em ajudar o próximo, ouvindo suas queixas, medos e
dificuldades.
Dois anos após sair do
hospital psiquiátrico, se ingressou na faculdade de medicina, Patch Adams (como
passou a ser chamado), mesmo sendo um estudante, já enxergava o paciente como um ser
biopsicosocial e espiritual.
Um exemplo de
envolvimento, carinho e levar a alegria para os lugares mais tristes, mostrando sua vontade de ajudar e se envolver
com os pacientes, “ roubando” várias gargalhadas e despertando a alegria em
cada enfermaria que passava no hospital e até imitava os comportamentos
anormais de alguns pacientes que se encontravam na ala de psiquiatria, no
intuito de torná-los “ humanos”, porque os profissionais do hospital escola
eram desumanos, frios, nem sequer pelo nome os pacientes eram chamados, mas nomeados
pelo número do leito que ocupavam. Seu principal objetivo era humanizar os
ambientes hospitalares.
“ Nossa função é
melhorar a saúde, significa melhorar a qualidade de vida, não só adiar a morte” (trecho do filme “O amor é contagioso”).
Mesmo antes de se
formar, já tinha um enorme desejo e respeito pelo ser doente, não desistia de
tentar, por maiores que fossem as barreiras, tentando trazer e oferecer alegria
ao paciente desanimado, sem expectativa de melhora.
Mostrou aos seus colegas,
que amor, alegria, sorriso nunca é demais ou exagero, pois com este simples
gesto ou atitude, se poderia mudar o rumo da patologia, não necessariamente
curando-a, mas oferecendo qualidade de vida, para que este momento tão sofrido,
possa ser um pouco ofuscado pelo “exagero de felicidade”.
Este é um filme intenso
e merece ser apresciado, o qual nos coloca diante da realidade de um futuro não
muito distante que nos aguarda. Não podemos nos deixar “engessar” e não se
importar com o sofrimento do paciente, pois atitudes como estas é que
contribuem para o agravamento do quadro patológico e fazendo com que seu tempo
de internação seje mais prolongado. Enfim, devemos nos colocar no lugar do
paciente e pensar se seria desta maneira que gostaríamos de ser atendidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário