sábado, 13 de outubro de 2012

Solitário Anônimo: a escuta enquanto forma de cuidado com a subjetividade

   Um idoso deitado na grama à espera da morte. No bolso, um bilhete anunciava ser de terras distantes, não ter parentes nem conhecidos. Não havia documentos ou posses. Seu desejo era morrer solitário e anônimo. Esse é o início do documentário que conta a impressionante história de um homem obstinado a planejar e controlar sua morte. É um filme cujo tema central é a liberdade, a vida e a morte. Ao abordar questões polêmicas que se desenrolam no cotidiano dos hospitais, o filme tamém pode levantar reflexões pertinentes sobre a relação entre a equipe de enfermagem e o paciente.
 Ao ver esse filme, sugiro que você concentre sua atenção no modo como a equipe de saúde lida com paciente que não deseja ser cuidado. Reflita também sobre a importância dos cuidados psicológicos em saúde. Perceba como, aos poucos, através da fala, o paciente deixa de ser apenas mais um caso e vai ganhando nome, história, personalidade, motivações, ou seja, vai se tornando uma pessoa.
Na minha opinião, o filme mostra de uma meaneira sutil, o quanto, na medida em que somos capazes de abrir um canal de comunicação, o "encontro humano" se faz. Ou seja, na medida em que o paciente se sente ouvido e aceito, ele acaba por deixar vir a tona a sua subjetividade, fazendo emergir junto com ela, a possibilidade de abertura para a mudança de decisão quanto suas motivações suicídas. Reflita também sobre a importancia da vinculação afetiva na relação entre os profissionais de saúde e os paciente para conferir sentido e valoro à sua vida.
Esse filme carece de resenha. Seja o primeiro a escrever, valendo 10 pontos de OAT's. Ficha técnica: Direção e Roteiro Debora Diniz.

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