Entrevista de Carl Rogers à revista Veja (1977)
"Por um homem melhor
O Pai da psicologia humanista fala de batatas, pessoas, governos, ladrões e acadêmicos.
Por Fabíola I.de Oliveira
O Pai da psicologia humanista fala de batatas, pessoas, governos, ladrões e acadêmicos.
Por Fabíola I.de Oliveira
Nascido
em 1902, e psicólogo pratico desde 1927, Dr.Carl Rogers passou cerca de
15 anos acreditando que o papel do psicoterapeuta era apenas o de
manter-se a parte quanto a seus sentimentos em relação ao paciente.
Assim distanciado ,pensava ele, ficava mais fácil enxergar as soluções
adequadas. Depois de experiências vividas com alunos e com pessoas que
vinham à procura de ajuda, Rogers acabaria percebendo, no entanto,que
quanto mais se abria como pessoa no relacionamento com o paciente mais
efetivo e rápido tornava-se o sucesso do tratamento. E através do
desenvolvimento dessa idéia se afastando cada vez mais da psicologia
tradicional ou freudiana e da psicologia do comportamento , ao ponto de
hoje confessar que acredita ser “um fenômeno embaraçosamente doloroso
para os psicólogos acadêmicos”.
A partir
da publicação, em 1942, de “Conseling and Psychotherapy”, seu primeiro
livro sobre aconselhamento centrado no cliente, ele passaria a
influenciar, os mais diversos campos profissionais , tanto nos Estados
Unidos – onde nasceu e vive até hoje como em outros lugares do mundo ,
onde é conhecido como um autêntico desmistificador de psicoterapia.
Com
efeito, Rogers abriu a psicoterapia à observação pública e à pesquisa
investigatória, sendo o primeiro a gravar e depois a filmar sessões
terapêuticas. Assim expunha seus métodos à pesquisa cientifica. Antes
dele, nenhum psicoterapeuta havia tido a coragem de mostrar,
publicamente , suas falhas e seus sucessos, a observar e a estudar não
só as reações da pessoa tratada mas suas próprias atitudes do processo
terapêutico.
Hoje, Carl Rogers, dedica-se,
junto seus colegas do Centro para Estudos da Pessoa, em La Jolla.
Califórnia, onde é professor residente, à organização de grupos de
encontro onde os pacientes entram em comunicação uns com os outros e
pouco a pouco vão se descobrindo e se livrando de seus mal-estares
emocionais. Há um mês no Brasil acompanhado por quatro membros de sua
equipe, Rogers participa, na Aldeia de Arcozelo, no Rio de Janeiro, do
primeiro Encontro Centrado na Pessoa, no Brasil. Lá, durante duas horas,
ele concedeu esta entrevista a "VEJA".
VEJA – Como se situaria a pessoa humana diante da psicologia humanista?
ROGERS
– O ser humano, como todos os organismos, tende a crescer e a se
atualizar. É claro que todos os fatores sociais, econômicos e familiares
podem interromper esse crescimento, mas a tendência fundamental é em
direção ao crescimento, ao seu próprio preenchimento ou satisfação.
Costumo exemplificar esse processo lembrando batatas que guardávamos no
porão da nossa casa na fazenda. Elas criavam brotos porque havia uma
janelinha no quarto. Era uma tentativa inútil, mas parte da tentativa do
organismo de se satisfazer. Você consegue um produto muito diferente
quando planta uma batata na terra, e comparo esse processo ao que pode
ser encontrado em delinqüentes e em pessoas que são tidas como doentes
mentais: o modo como suas vidas se desenvolveram pode ser muito bizarro,
anormal; no entanto, tudo o que elas estão fazendo é uma tentativa para
crescer, para atualizar seus potenciais. O fato de essa tentativa
causar maus resultados situa-se mais no meio ambiente do que na
tendência básica do individuo. A pedra fundamental da psicologia
humanista pelo menos como eu vejo, é, portanto essa crença de que o ser
humano tem um organismo positivo e construtivo.
VEJA – A psicologia humanista pode ajudar a sociedade a resolver seus problemas ? De que modo?
ROGERS –
Ela não é uma solução para todos os problemas do mundo, mas pode ajudar
muito na solução dos problemas psicológicos e sociais. Pode ajudar o
individuo a crescer em direção a uma personalidade mais normal , mais
expansiva. A psicologia humanista tem os instrumentos para reconciliar
diferenças, para ajudar as pessoas a observarem os pontos de vista dos
outros.
VEJA – Um governo com uma visão humanista não seria , então, mais poderoso que uma psicologia humanista?
ROGERS
– Para mim, isso é um sonho, mas seria bom esquematizar uma utopia com
um governo humanista.Quanto mais um governo acredita num ponto de vista
humanista possibilidades existirão de promover um clima no qual os
cidadãos possam crescer e trabalhar junto mais harmoniosamente, e no
qual haverá mais compreensão,ou respostas, as suas necessidades. Mas não
vejo nenhuma possibilidade do que eu chamaria de um governo humanista.
VEJA – O que o senhor pensa da psicologia acadêmica?
ROGERS
– Nos Estados Unidos , a psicologia Acadêmica poderia dar excelente
aconselhamento e ajuda a governos ditatoriais. Acho que, se qualquer
autoridade diz “ queremos que as pessoas sejam mudadas desta forma”, a
psicologia acadêmica sabe muito bem como mudar as pessoas, gradualmente,
no sentido que se quiser. E vejo isso como um grande perigo. A
psicologia humanista seria uma valiosa conselheira a uma forma de
governo democrático, pois ela o ajudaria a ser cada vez mais
democráticos, a compreender as capacidades, os direitos e a habilidade
do cidadão de ser responsável.
VEJA
– O senhor tem se dedicado profundamente à organização de grupos de
encontros. O que vem a ser, para o senhor um grupo de encontro?
ROGERS
– É uma oportunidade para as mais diversas pessoas se encontrarem, sem
nenhum planejamento, a não ser elas mesmas e seus inter-relacionamentos.
Não existe um tópico a ser discutido nem problemas imediatos a serem
resolvidos. Então, sobre o que se vai falar? Quando as pessoas percebem
que qualquer coisa pode ser discutida, então começam a falar mais de si
mesmas e o encontro torna-se mais profundo. A pessoa começa a acreditar
que o grupo pode compreende-la e o processo pode ser descrito como uma
percepção dos próprios sentimentos, que as pessoas nunca pensaram
possuir, tentando novas maneiras de se comportar no grupo, desenvolvendo
relacionamentos mais íntimos, sejam eles positivos e de amor, ou de
raiva e confrontação, mas, de um jeito ou de outro, se aproximando mais
como pessoas.
VEJA – Qual a diferença entre os grupos de encontro e a terapia individual?
ROGERS
– Na terapia de um-para-um, o cliente sente que é um milagre que ele
possa ser aceito e compreendido – mas será que alguém mais o
compreenderá? Em um grupo de encontro, ele logo percebe: “Todas essas
pessoas me aceitam? E nem ao menos estão sendo pagas para isso?” E isso é
muito forte, pois provoca o sentimento de que, “quem sabe, eu sou uma
pessoa aceitável”. Nesse sentido, o grupo de encontro pode ser de maior
efeito que a terapia individual.
VEJA – Que mudanças ocorrem num grupo de encontro em relação à percepção ou conscientização?
ROGERS
– Tanto na terapia quanto no grupo de encontro, a mudança mais notável é
a expansão da conscientização do individuo. Ele vem para o grupo
achando que sabe quem é e que está consciente de si mesmo. Mas, quando
começa a se abrir e a notar como as pessoas ouvem com atenção, ele
descobre, dentro de si mesmo, coisas que não havia percebido antes.
Começa a sentir que é mais do que pensava ser, que tem sentimentos que
nunca havia notado. Uma pessoa que nunca mostra raiva, por exemplo,
perceberá, no grupo, que tem raiva dentro de si. Ela não se esquecerá
disso e reconhecerá, no fundo, quando sentir raiva, que não poderá mais
escondê-la – e terá condições para lidar com ela.
VEJA – Por que o senhor chama de “facilitadores” os lideres dos grupos de encontro?
ROGERS
– Porque o termo “líder” implica que uma pessoa sabe para onde o grupo
irá se dirigir e o orientará nessa direção. Então eu prefiro chamá-lo de
“facilitador”, porque minha idéia de seu propósito no grupo é a de que
ele deve permitir que as pessoas se expressem sem saber onde isso as
levará. Ele facilita essas expressões do grupo mas não controla sua
direção. O facilitador pode saber alguma coisa sobre o processo de
grupos e o mesmo é verdadeiro para a terapia. O tipo de terapeuta que eu
gosto é o que age como um facilitador, pois não tem noção do que
surgirá na terapia, ou que direções a pessoa escolherá para si mesma.
ROGERS
– Não, não! O facilitador inexperiente pode se sentir tentado a
fazê-lo, mas o experiente procurará acreditar no grupo. Lembro-me do que
aconteceu com um membro de nossa equipe quando um homem sofreu uma
terrível crise psicótica, numa sessão de grupo de encontro. As pessoas
entraram em pânico e exigiram que o facilitar fizesse alguma coisa, mas
ele se manteve calmo e fez com que o grupo discutisse sobre que atitude
tomar. Algumas pessoas que se sentiram mais próximas ao homem tentaram
conversar com ele, mas o grupo ainda achava que ele deveria ser
internado. Pediram-lhe então que voltasse ao grupo, discutiram seus
sentimentos e suas preocupações com ele. No fim, tudo foi resolvido e
mais tarde ele fez terapia, sem hospitalização. O ponto é que o grupo,
como um todo, é capaz de agir muito mais sabiamente do que uma pessoa
sozinha.
VEJA – As qualidades essenciais para um facilitador podem ser ensinadas ou são naturais?
ROGERS
– As qualidades essenciais para terapia individual – ou para grupos de
encontro – foram especificadas há bastante tempo e têm sido confirmadas
por pesquisas. Primeiro, se a pessoa está ligada a outra, como pessoa,
genuína e real –sem envergar um avental branco de doutor-, isso será de
grande ajuda. Depois, se a pessoa sente uma importância real pela outra,
vai tornar seu crescimento e seu desenvolvimento mais possíveis.
E, por último, se ela pode realmente compreender o mundo interior do outro, verdadeiramente se sentir parte do universo de uma pessoa, essa capacidade para a empatia será muito importante para o crescimento construtivo. Dessas três, acredito que uma pode ser facilmente treinada – a empatia. As pessoas podem aprender a ouvir melhor e com mais compreensão, e a se afastarem de alguns de seus próprios conceitos, e realmente entenderem os outros como eles são. As outras duas qualidades vêm com a experiência de vida, e outras vezes através da terapia ou de vivencias como grupos de encontro.
E, por último, se ela pode realmente compreender o mundo interior do outro, verdadeiramente se sentir parte do universo de uma pessoa, essa capacidade para a empatia será muito importante para o crescimento construtivo. Dessas três, acredito que uma pode ser facilmente treinada – a empatia. As pessoas podem aprender a ouvir melhor e com mais compreensão, e a se afastarem de alguns de seus próprios conceitos, e realmente entenderem os outros como eles são. As outras duas qualidades vêm com a experiência de vida, e outras vezes através da terapia ou de vivencias como grupos de encontro.
VEJA – Por que o senhor começou a chamar as pessoas de “clientes” , em vez de “pacientes”?
ROGERS
– A razão mais profunda foi nunca ter sentido que as pessoas que me
procuram eram “pacientes”. Não eram doentes, e sim pessoas em
dificuldade. Então, qual o termo mais apropriado ? Em inglês, “cliente” é
aquele que vem buscar o seu serviço. Mas ele ainda é responsável por si
mesmo.
VEJA – Qual sua maior fonte de aprendizagem?
ROGERS
– São as pessoas e os estudantes com quem convivo e trabalho. Quando
você se abre ao mundo de outros, um dos riscos – e a maior vantagem – é
que você terá mais possibilidade de aprender alguma coisa.
VEJA – O senhor tem se preocupado , ultimamente,de maneira crescente,com a educação como forma de comunicação entre as pessoas. Como vê o sistema escolar vigente em seu pais?
ROGERS
– Até recentemente, a ênfase em mais escolas, mais educação para todos e
o fato de que uma pessoa nada pode fazer se não tiver um diploma
universitário resultaram num modo mais mecânico de educação , tentando
preparar as pessoas para uma sociedade mecanicamente orientada. De uns
tempos para cá, no entanto , têm ocorrido mudanças que dão maior ênfase à
liberdade no aprendizado, onde o individuo, pode escolher o que é de
maior significação para a sua vida e aprender isso. Assim , ele é levado
a um processo de aprendizagem constante em vez de uma educação
mecanicamente orientada, que geralmente faz as pessoas sentirem que
finalmente acabaram o curso , já têm seu diploma , então não precisam
estudar mais. O aprendizado autodirigido, em contrate , faz com que as
pessoas tenham sempre vontade de estudar e apreender . Isso a entusiasma
, assim como satisfaz ás suas necessidades.
VEJA – Os adversários desse tipo de ensino tradicionalmente argumentam com o fato de que a pessoa, nesse caso , terá uma educação limitada somente a seus interesses e pode tornar-se incapaz de perceber mudanças. O que acha disso?
ROGERS
– Se observarmos estudantes que saíram de escolas tipicamente
tradicionais , depois de um ano ou dois, notaremos que eles também
adquiriram uma educação limitada a seus próprios interesses. Eles se
lembram de algumas coisas, mas a maior parte delas já foi esquecida,
pois geralmente foram estudadas somente para um teste, um exame .Então ,
tanto um como outro modo de ensino pode ser limitado aos próprios
interesses da pessoa. Mas o estudante autodirigido pelo menos conhece
mais a si mesmo , conhece suas forças e suas fraquezas. E, porque ele é
automotivado, freqüentemente quer preencher os lapsos de sua educação.
VEJA – O senhor acredita que a autodisciplina surge naturalmente com o aprendizado autodirigido?
ROGERS – Sim, a liberdade e a responsabilidade sempre caminham juntas, e isso é valido tanto para a educação quanto para outros aspectos da vida. A pessoa tem que viver com as conseqüências do que aprende. Se não pode perceber as mudanças , então será enganada pelos outros. E, quando isso torna claro, mais ela será responsável – ao contrario de alguém que teve liberdade mas não reconheceu suas conseqüências.
VEJA
– Seguindo a tradição humanista, o senhor costuma enaltecer a bondade
nas pessoas, mas não estará deixando um pouco de lado o maquiavelismo e o
espírito de competição, que naturalmente existe em nossa sociedade?
ROGERS
– Fui muitas vezes acusado de não compreender a maldade nas pessoas – e
levo a sério este tipo de critica , isso pode até ser verdade. Mas
cheguei a uma posição, não através de pensamentos passivos mas através
de meus contatos diretos com pessoas , tanto em terapia quanto em
grupos, ou mesmo em salas de aula, nos quais percebi que, se confio
plenamente em sua capacidade de se compreenderem melhor e ser mais
autodirigidas, essas escolhem direções que são sociais e não
anti-sociais, ou más. Dizem que com esse tipo de terapia o individuo
pode muito bem ser um melhor ladrão ou um melhor assassino , e para mim
essa é uma possibilidade bastante lógica. Mas, de acordo com minhas
experiências , isso simplesmente não acontece. Se ofereço a uma pessoa a
possibilidade de se expressar, de buscar suas próprias direções, ela
não escolhe ser um melhor ladrão ou coisa semelhante, mas procura seguir
a direção de maior harmonia com seus companheiros.
VEJA – Uma terapia ou um grupo de encontro resolveria todos os problemas da pessoa , tornaria sua vida bem mais fácil?
ROGERS – Não isso não é verdade . A pessoa se desenvolverá mas o crescimento será sempre doloroso. Quando os potenciais humanos são desenvolvidos, a vida se torna mais complexa. As pessoas se descartam de seus velhos problemas deixando-os para trás, mas , quando vão em frente, encaram novos problemas , talvez tão difíceis com os anteriores – porém mais excitantes, pois elas aí estão mais conscientes e mais prontas a lidar com eles. Portanto o prazer de ser mais independente, mais real e mais livre é mais que suficiente para contrabalançar a dor e a dificuldade que advêm deste tipo de crescimento. Para a máxima curiosidade e aprendizagem desse tipo , tanto as crianças quanto os adultos precisam de amor de um individuo , ou de um grupo, que possa criar segurança suficiente para que a pessoa que está se desenvolvendo se atreva a tomar riscos que a levem a essas áreas de crescimento. E essa é uma das coisas que um grupo de encontro proporciona – a segurança de um ambiente de compreensão, com pessoas que procuram de amar mutuamente. A habilidade de tomar riscos é um dos efeitos básicos mais importantes de um grupo de encontro. Faço questão da palavra “risco” porque toda aprendizagem é um risco; no entanto, é a nova aprendizagem e o novo comportamento que tornam a vida excitante. É o que leva as pessoas a um desenvolvimento mais completo.
VEJA – Em seus trabalhos o senhor costuma se referir ao que chama de “pessoa emergente”. O que será isso?
ROGERS – Vejo a pessoa emergente como a que tomou o risco de viver de um modo novo e mais humano numa sociedade que não encoraja esse tipo de aprendizagem. Portanto, seu caminho não é fácil. São pessoas que não estão ligadas a coisas materiais , embora possam aprecia-las se as possuírem. Em termos de autoridade, vejo pessoas emergentes como alguém que tem um sentimento bastante profundo, de que somente dentro de si existe a maior fonte de autoridade, na qual pode confiar. Esta pessoa está pronta a ouvir qualquer autoridade, mas quando se trata de seu próprio comportamento, a escolha está unicamente, dentro de si mesma. Ela é quem avalia toda experiência e autoridade, e toma decisões baseadas no que ela quer fazer. Na verdade , sempre existiu uma ou outra pessoa assim. No entanto, ter um grande grupo de indivíduos tomando decisões por si mesmo , como aconteceu nos Estados Unidos, durante a guerra do Vietnam, quando um vasto numero de jovens simplesmente se recusou a ir para a guerra,é realmente um novo aspecto da sociedade.
VEJA – A pessoa emergente seria um produto exclusivo da sociedade americana ou ela pode surgir também em sociedade de paises em desenvolvimento?
ROGERS – Os Estados Unidos, principalmente na região oeste, são um terreno bastante fértil para esse tipo de indivíduos. Mas eu os tenho encontrado também em outros paises, como Holanda , Alemanha, Japão, Austrália, e sinto mesmo que o Brasil é um bom solo para esse tipo de pessoas. Em qualquer cultura , essa pessoa irá encontrar dificuldades – mas sinto no Brasil, uma coragem igual à que encontro nos Estados Unidos. Sou muito a favor dessas pessoas , pois elas apreciam o fato de que a vida é um processo de mudança. Portanto, não estão atadas a nenhuma ortodoxia ou tradição e nem qualquer modo fixo de fazer as coisas. "
FONTE: Revista VEJA no. 441
16 de fevereiro de 1977
16 de fevereiro de 1977
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