segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Situações VII,VIII, IX

Situação 7 – O auxiliar de enfermagem Antônio trabalha na enfermaria cirúrgica de um grande hospital publico. Ao voltar de suas férias, Antônio fica sabendo que um caso do hospital virou notícia e está circulando na mídia nacional. Trata-se de uma menina de 15 anos que, após ser atropelada e perder sangue, precisa receber uma transfusão urgente de sangue para sobreviver. A questão é que por motivos religiosos os pais da menina não permitem a transfusão. O hospital já mobilizou sua equipe de psicólogos para tratar do assunto com a família, mas mesmo assim, os pais e a própria menina mantiveram-se irredutíveis, não aceitando o procedimento. Segundo a religião deles, receber uma transfusão de sangue é um pecado mortal, uma séria ofensa a Deus que condena para sempre a alma de quem se submete a este procedimento. Esse caso ganhou repercussão nacional e levantou debates da sociedade que debate se os médicos devem intervir ou não, e se sé direito obrigar alguém a receber uma transfusão de sangue contra a própria vontade, mesmo num caso de vida ou morte. A verdade é que os médicos afirmam que se a menina não receber o sangue ela morre. A própria paciente acredita que se receber a transfusão não terá o perdão de Deus, nem irá para o céu. Um belo dia Antônio, toma um ônibus como sempre faz a caminho de casa. Ele encontra um antigo amigo de escola e puxa coversa. De repente, Antônio percebe que seu antigo colega é o pai da menina em questão e para sua surpresa, ele se dá conta que ambos são vizinhos. Antônio então tem a oportunidade de conversar com seu um velho amigo e pensa em convencê-lo a aceitar a transfusão. Antônio para e reflete sobre o que e como falar de modo a intervir.
 Situação 8 – Flavio, Psicólogo responsável pelo setor de Psicologia de um Hospital no Amazonas é chamado à Clínica Ortopédica. As enfermeiras e os médicos estão tendo problemas com um paciente e sua mãe. Ambos são índios Yanomamis que vieram do interior do Amazonas e não falam português. Após uma queda o jovem indigena teve uma lesão na coluna precisando ficar totalmente imóvel no leito com a cabeça presa a uma tração mecânica durante um período de 30 dias ou mais. A questão, é que tanto mãe quanto filho têm comportamentos considerados estranhos pela equipe e pelos outros pacientes. A mãe reage com irritação aos procedimentos médicos e se recusa a deixar o filho sozinho, dormindo todas as noites literalmente no chão ao lado do seu leito. Nem ela nem o filho aceitam a comida do hospital e insistem em ascender cigarro de palha na enfermaria, mesmo sobre protestos. Dois dias depois que a tração foi posta, num esforço de liberar o seu filho do leito, a mãe roubara a tesoura de uma enfermeira e tentara cortar os cabos que o prendiam ao leito. Ela foi impedida por dois enfermeiros antes de causar um grande dano ao próprio filho. O psicólogo Flávio acredita que a equipe precisa ganhar a confiança de ambos para que eles entendam a necessidade da internação e aceitem as regras do local. O problema, Flavio pensa, é que eles não falam a mesma língua nem entendem e seria muito difícil explicar-lhes a razão de se submeterem aos procedimentos terapêuticos indicados.
Situação 9 - O enfermeiro Cesar da Clinica ortopédica de um grande Hospital fez amizade com seu Juca, um pedreiro que, após a queda de um andaime, ficara tetraplégico. Juca parecia aceitar bem a sua condição e já estava a alguns meses esperando a liberação de sua cirurgia que nunca saia. César cuidava de Juca todos os dias. Ambos falavam de futebol e viam novelas juntos. Um dia, cinco meses após a internação, César percebeu que Juca estava um pouco mais triste que de costume. Ele perguntou ao amigo o que havia acontecido e Juca desconversou. César insistiu e Juca pediu segredo. Juca então lhe confidenciou constrangido que sua esposa teve uma longa conversa com ele no dia anterior na qual revelou muita preocupação com o futuro da vida sexual do casal. Como se tornara paraplégico e não sentia nada da cintura pra baixo, Juca perguntou a César se um dia ele voltaria ter vida sexual, sentir e dar prazer a sua esposa. Juca temia que ela o abandonasse. César não soube o que responder, mas entendeu a preocupação do amigo.

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